- Nesta nota, revela-se quais são as ferramentas utilizadas pelos gestores de ativos e quais necessidades enfrentam em suas operações diárias, segundo o III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, elaborado pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society.
- As informações são direcionadas, principalmente, a gestores de ativos que desejam conhecer como seus pares atuam em uma indústria tão competitiva quanto a de administração de carteiras.
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A indústria de gestão de ativos encontra-se em um processo de transformação profunda. À medida que os investidores demandam maior transparência, eficiência e acesso ágil à informação, os gestores enfrentam a pressão de modernizar seus processos e otimizar recursos.
Essa mudança não está isenta de tensões: a complexidade operacional, a carga regulatória e a crescente sofisticação dos veículos de investimento dificultam alcançar um modelo de gestão verdadeiramente integrado e sustentável.
O III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, elaborado pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society, oferece uma radiografia detalhada sobre quais são as ferramentas mais necessárias, os processos mais complexos e os problemas mais críticos que hoje condicionam a atividade.
Ferramentas prioritárias para os gestores de ativos
O primeiro eixo do estudo aborda quais são as soluções mais demandadas pelos gestores de carteiras. Os resultados mostram uma forte preferência por ferramentas que ofereçam eficiência operacional e simplificação de processos.
Na faixa de máxima prioridade (avaliações 9–10), destacam-se três áreas-chave:
- Facilitação do onboarding de clientes: 52% dos entrevistados consideram essa ferramenta altamente necessária. A experiência de incorporação inicial tornou-se um ponto crítico, tanto pelo impacto na relação comercial quanto pelos requisitos regulatórios associados.
- Melhoria na distribuição da estratégia de investimento: com 43%, reflete-se a importância de comunicar e executar com clareza as propostas de valor para distintos segmentos de investidores.
- Cálculo e reporte automatizado do NAV: 42% o colocam na faixa de necessidade máxima, evidenciando a urgência de contar com processos confiáveis e eficientes para determinar o valor patrimonial líquido dos fundos.
Em contraste, o manejo centralizado de contas obteve apenas 34% das respostas nos níveis mais altos de prioridade, situando-se como uma necessidade secundária diante dos aspectos anteriores.
O padrão comum é claro: os gestores valorizam soluções que reduzam o atrito operacional, agilizem a comunicação com os clientes e automatizem processos críticos. Em outras palavras, buscam simplicidade, transparência e escalabilidade.
Processos que geram maior dificuldade
Para além das ferramentas, os gestores identificaram quais funções representam maiores obstáculos no dia a dia. A análise revela que os pontos de maior fricção não estão nas decisões de investimento, mas nos processos de validação, controle e suporte.
A função mais desafiadora é a auditoria e due diligence, com 54% classificando-a nas faixas de alta dificuldade (7–10). A combinação de exigências normativas, sensibilidade legal e revisão documental transforma esse processo em uma carga significativa.
Em seguida, aparecem o reporte a clientes e reguladores (49%) e a gestão de conflitos de interesse (37%). No caso do reporte, o desafio não é apenas a pontualidade, mas também a necessidade de adaptar a informação a públicos diversos, desde autoridades supervisoras até investidores institucionais.
O middle office e o back office também se destacam como áreas complexas: 65% e 52% dos entrevistados, respectivamente, os situam em faixas de dificuldade média-alta. Essas funções, vinculadas ao controle de riscos, conciliações e execução operacional, continuam expostas a limitações tecnológicas, falta de padronização e dependência de terceiros.
Por outro lado, o front office, a contabilidade e a identificação do perfil de risco do investidor apresentam níveis menores de dificuldade percebida, sugerindo processos mais padronizados ou internalizados na prática cotidiana.
Principais problemas estruturais
O terceiro eixo do relatório examina os problemas que os gestores percebem como mais críticos na gestão de carteiras. Observa-se aqui um cenário multifatorial, no qual convivem desafios comerciais, regulatórios e técnicos.
O maior problema identificado é a captação de capital. Mais de dois terços dos gestores o classificam entre importante e crítico.
Esse resultado reflete a dificuldade de atrair investidores em um mercado altamente competitivo e fragmentado, no qual a diferenciação dos produtos e a confiança do cliente tornam-se fatores decisivos.
Em segundo lugar aparece o reporte e marketing, com 38% em níveis altos de dificuldade e 10% na faixa crítica. A comunicação efetiva é condicionada tanto pelas obrigações normativas quanto pela necessidade de transmitir propostas de valor claras aos investidores.
Sob uma perspectiva técnica, o cálculo e reporte do NAV surge como o aspecto operacional mais problemático. Mais da metade dos gestores o situa em níveis de preocupação moderada a crítica, refletindo a complexidade de manter processos precisos, automatizados e auditáveis, sobretudo em estruturas coletivas ou estratégias sofisticadas.aining precise, automated, and auditable processes—particularly in collective structures or sophisticated strategies.
Outros pontos de fricção incluem o rebalanceamento de carteira, a abertura e fechamento simultâneo de operações e a comunicação paralela com múltiplos clientes. Embora não atinjam a criticidade dos problemas anteriores, continuam sendo áreas sensíveis que limitam a eficiência operacional.
A gestão de ativos enfrenta um duplo desafio. Por um lado, precisa melhorar sua infraestrutura tecnológica para automatizar processos, reduzir riscos e simplificar a experiência do investidor.
Por outro lado, deve fortalecer suas capacidades comerciais e de comunicação para competir em um ambiente no qual captar e reter capital torna-se cada vez mais exigente.
Lembre-se de que, para saber mais sobre a indústria de gestão de ativos, você pode baixar gratuitamente o III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, elaborado pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society.


