- A seguir, explicamos o que são os asset-backed securities, quais são seus principais tipos e quais riscos envolvem.
- As informações são destinadas a gestores de ativos que buscam utilizar instrumentos financeiros estruturados para otimizar suas estratégias de investimento.
- A FlexFunds oferece um programa de securitização de ativos para criar asset-backed securities. Para mais informações, não hesite em entrar em contato com nossos especialistas.
O mercado de renda fixa não é composto apenas por títulos convencionais do tipo bullet emitidos por empresas ou governos. Na verdade, ele é tão vasto (USD 143 trilhões em nível global, segundo o J.P. Morgan) que abrange dezenas de tipos de dívida — como os asset-backed securities.
O que são os asset-backed securities?
Especificamente, os asset-backed securities (ABS), ou valores mobiliários lastreados em ativos, são instrumentos financeiros de dívida garantida por um conjunto de ativos subjacentes.
Geralmente, esses ativos subjacentes geram fluxo de caixa a partir de dívidas como empréstimos, aluguéis, saldos de cartões de crédito ou contas a receber.
Como funcionam?
Funcionam como um título ou nota promissória que distribui rendimentos a uma taxa fixa durante um período determinado, até o vencimento.
Os ABS permitem que os emissores obtenham recursos que podem ser destinados a novos empréstimos ou outros investimentos, uma vez que os ativos subjacentes normalmente são ilíquidos e não negociáveis individualmente.
Assim, a agregação desses ativos e a criação de um instrumento financeiro por meio da securitização possibilitam ao emissor converter ativos ilíquidos em ativos negociáveis para os investidores.
Essa estrutura também facilita a retirada de ativos de maior risco do balanço do emissor, o que contribui para mitigar o risco de crédito.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), geralmente os pagamentos dos empréstimos são distribuídos primeiro aos detentores de valores com menor risco e menor retorno, e depois aos detentores de valores com maior risco.
Tipos de ABS existentes
Embora existam diversos tipos de ABS, eles podem ser classificados em três grandes categorias:
Mortgage-backed securities
Em primeiro lugar, temos os valores mobiliários garantidos por hipotecas, que, como o nome indica, são lastreados em financiamentos imobiliários.
Eles podem ser residential mortgage-backed securities (RMBS), quando respaldados por hipotecas residenciais. Ou commercial mortgage-backed securities, quando têm como garantia imóveis comerciais, como escritórios, shoppings ou galpões industriais.
General asset-backed securities
Depois vêm os ABS gerais, que são semelhantes aos MBS, mas são garantidos por ativos diferentes de hipotecas.
Entre esses ativos estão financiamentos de veículos, créditos estudantis, empréstimos ao consumidor e outras formas de dívida não hipotecária..
Sua função é transformar ativos ilíquidos em produtos financeiros negociáveis no mercado por meio de um processo de securitização — como o desenvolvido pela FlexFunds.
Collateralised debt obligations
Por fim, destacam-se as obrigações de dívida colateralizadas, ou collateralised debt obligations (CDO).
São instrumentos estruturados respaldados por carteiras de dívidas que podem incluir empréstimos, títulos ou outros ativos de crédito.
Subdividem-se em:
- Collateralized loan obligations (CLO), normalmente garantidas por empréstimos corporativos.
- Collateralized bond obligations (CBO) quando o respaldo é uma carteira de títulos de dívida.
Riscos a serem considerados
Embora os asset-backed securities existam há várias décadas e sejam altamente regulados e supervisionados, os gestores de ativos ainda devem considerar alguns dos principais riscos:
Necessidade de due diligence
Ao adquirir valores mobiliários lastreados em ativos, há o desafio de avaliar o risco de crédito de diversos ativos subjacentes, exigindo uma análise aprofundada.
Redução do rendimento por pagamentos antecipados
Os ABS também estão sujeitos ao risco de pré-pagamento — quando os devedores quitam seus empréstimos antes do prazo, o que pode reduzir o retorno para os detentores dos valores mobiliários.
Risco de inadimplência em crises econômicas
Em períodos de recessão, os ativos subjacentes podem entrar em inadimplência, distribuindo o risco entre diversos ativos.
No entanto, se esses ativos forem de baixa qualidade, as inadimplências podem se tornar generalizadas, afetando significativamente o valor dos ABS.
A importância da securitização para os ABS
Como mencionado anteriormente, os asset-backed securities são viabilizados por meio de um processo de securitização de ativos.
Por esse processo — como o realizado pela FlexFunds — um conjunto de ativos pode ser transformado em bankable assets, com seus próprios códigos ISIN/CUSIP.
No caso da FlexFunds, a solução custo-eficiente é acompanhada de um serviço completo que inclui:
- Listagem em bolsa de valores.
- Contabilidade de fundos.
- Serviços de back office.
- Cálculo do Net Asset Value (NAV).
- Serviços de administração corporativa.
Para saber mais sobre os ETPs da FlexFunds e nosso programa de securitização de ativos, não hesite em entrar em contato com nossa equipe de especialistas. Teremos o maior prazer em atendê-lo!
Fontes:
- https://am.jpmorgan.com/content/dam/jpm-am-aem/global/en/insights/etf-insights/the-power-of-active-fixed-income-etfs.pdf
- https://www.investopedia.com/terms/a/asset-backedsecurity.asp
- https://www.sec.gov/spotlight/dodd-frank/assetbackedsecurities.shtml