- A seguir, explicamos as diferenças, vantagens e características das contas de investimento coletivo e das gerenciadas separadamente, segundo o III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, elaborado pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society.
- A informação é direcionada a gestores de ativos que desejam montar estratégias otimizadas para seus clientes.
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O ecossistema financeiro oferece aos investidores diversas ferramentas para canalizar seu capital, sendo os veículos de investimento coletivo (VIC) e as contas gerenciadas separadamente (SMAs, na sigla em inglês) duas das mais relevantes.
Ambos os modelos respondem a necessidades diferentes: os VIC privilegiam a eficiência e a acessibilidade, enquanto as SMAs enfatizam a personalização e o controle direto dos ativos.
Investimento coletivo vs. contas gerenciadas separadamente
Os veículos coletivos, como fundos mútuos, fundos negociados em bolsa (ETFs), fundos de pensão ou SICAVs, reúnem os recursos de múltiplos investidores sob uma gestão profissional.
Essa abordagem permite acessar carteiras diversificadas com custos individuais reduzidos, aproveitar economias de escala e se beneficiar da liquidez e transparência exigidas pela regulação.
No entanto, também implica menor flexibilidade estratégica e maior exposição aos movimentos coletivos de entrada ou saída de capital.
Em contraste, as SMAs são projetadas para atender aos objetivos particulares de cada cliente. Oferecem um grau superior de transparência, maior controle fiscal e a possibilidade de adaptar a carteira a restrições éticas ou patrimoniais específicas.
Por outro lado, sua natureza personalizada envolve maiores exigências de investimento inicial e custos operacionais mais elevados, o que restringe seu acesso a clientes de alto patrimônio, family offices ou mandatos institucionais sob medida.
Preferências atuais e tendências de adoção
Em escala global, os VIC continuam sendo a opção mais difundida, tanto para investidores de varejo quanto institucionais.
Sua combinação de liquidez, eficiência e facilidade de acesso os consolidou como o pilar da poupança e do investimento de longo prazo. No entanto, as SMAs vêm ganhando espaço em segmentos que valorizam mais a individualização e o planejamento fiscal estratégico.
O III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, elaborado pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society, confirma essa tendência.
Segundo os dados, 73% dos gestores consideram provável ou muito provável (níveis 7-10) que a indústria evolua para veículos coletivos padronizados, enquanto apenas 9% demonstram ceticismo.
Esse consenso reflete a expectativa de consolidação de modelos escaláveis, com processos normativos estruturados e menores custos operacionais.
Em segundo lugar, aparecem os modelos híbridos, que combinam a gestão coletiva com certos elementos de personalização. De fato, 60% dos entrevistados os veem como uma alternativa viável, impulsionada em parte pelo avanço da digitalização e pela possibilidade de segmentar ou automatizar carteiras conforme o perfil do cliente.
As SMAs, por sua vez, obtêm consenso menor: 54% acreditam que sua adoção será mais ampla, enquanto 22% as situam em níveis baixos de probabilidade. Esse dado reflete que, apesar do interesse por soluções individualizadas, as barreiras de escalabilidade e custo limitam sua expansão em massa.
A frequência no uso de veículos coletivos
O relatório também analisou a frequência com que os gestores utilizam os VIC em suas operações. Os resultados mostram uma média de 5,2 em 10, com mediana de 5,0 e moda de 8.
Isso indica um uso intermediário, mas com forte polarização: enquanto 28% quase não os utilizam (níveis 0-2), 45% os empregam de forma intensiva (níveis 7-10).
A disparidade evidencia uma segmentação dentro do setor. Por um lado, gestores especializados em veículos coletivos, com uso intensivo de fundos, ETFs ou UCITS.
Por outro lado, profissionais focados em modelos individualizados, gestão discricionária ou alternativas patrimoniais que não dependem de estruturas coletivas.
Ferramentas mais utilizadas na gestão coletiva
O leque de instrumentos disponíveis para a gestão coletiva de carteiras se expandiu significativamente.
Entre as ferramentas mais utilizadas, destacam-se os ETFs, com 62% dos gestores que os utilizam de forma intensiva (níveis 9-10), seguidos pela compra e venda direta de títulos e ações (61%).
Em um segundo nível de uso, estão os fundos domiciliados em jurisdições consolidadas, como Luxemburgo ou Ilhas Cayman (42% na faixa mais alta), assim como os fundos UCITS (37%).
Por outro lado, estruturas mais especializadas como os ETPs tipo FlexFunds (31%) ou os certificados suíços (AMCs) (5%) mostram uma adoção muito mais limitada.
No conjunto, os dados revelam que a indústria privilegia veículos de alta liquidez e regulamentação reconhecida, enquanto os produtos mais complexos ainda enfrentam um longo caminho de educação e difusão.
O futuro: escalabilidade com espaço para personalização
A indústria de gestão de ativos atravessa um processo de transformação acelerada, impulsionada pela digitalização, mudanças regulatórias e novas demandas dos investidores.
A pressão por reduzir custos e melhorar a eficiência se combina com a necessidade de oferecer soluções mais flexíveis e personalizadas.
Nesse contexto, os modelos coletivos e mistos aparecem como os formatos mais promissores para os próximos anos. Os VIC continuarão sendo o eixo central, graças à sua escalabilidade e padronização, enquanto as soluções híbridas oferecerão a possibilidade de adaptar estratégias a diferentes perfis sem sacrificar eficiência.
As SMAs, embora mais exclusivas e caras, manterão um papel relevante em segmentos de alto valor agregado, onde a personalização e o planejamento patrimonial fazem a diferença.
Lembre-se de que, para saber mais sobre a indústria de gestão de ativos e o investimento coletivo, você pode baixar gratuitamente o III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, elaborado pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society.
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