- Nesta nota, explica-se quem são os investidores offshore dos Estados Unidos e da América Latina e em que costumam investir, segundo o III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026.
- O conteúdo é direcionado a gestores de ativos que buscam compreender as preferências dos investidores offshore para estruturar e oferecer estratégias compatíveis com esses perfis.
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O ecossistema de US Offshore consolidou-se como um dos ambientes mais sofisticados para a gestão de patrimônios internacionais.
Em um contexto global marcado por taxas de juros persistentemente altas, tensões geopolíticas e maior volatilidade nos mercados, os investidores de alto patrimônio – especialmente latino-americanos não residentes nos EUA – priorizam a preservação, diversificação e crescimento de seu capital por meio de estruturas offshore eficientes, transparentes e adaptadas aos seus objetivos.
Quem é o investidor offshore de hoje?
O investidor offshore contemporâneo é predominantemente latino-americano, dividido entre aqueles que residem em seus países de origem (por exemplo, Colômbia, México, Chile, Peru etc.) e aqueles que, embora estabelecidos nos EUA, mantêm estruturas offshore como parte fundamental de seu planejamento patrimonial.
Esse perfil duplo responde a necessidades que vão desde eficiência fiscal e planejamento sucessório até a preservação de capital em moedas fortes e o acesso a mercados internacionais.
Esses investidores valorizam os veículos offshore como ferramentas que lhes permitem diferir impostos, otimizar sua carga tributária e facilitar a transmissão patrimonial transfronteiriça, sempre sob estrito cumprimento regulatório.
Da mesma forma, distinguem-se por um nível crescente de sofisticação: estão bem informados, exigem análises profundas, seleção ativa de estratégias e um serviço altamente profissionalizado.
Buscam não apenas retorno, mas também inovação, controle e eficiência fiscal como pilares para preservar e projetar seu legado financeiro.
Novas composições de portfólio: liquidez, retorno e diversificação
“Nos últimos 12 a 18 meses, temos testemunhado uma mudança estrutural na construção de portfólios. O clássico equilíbrio entre renda fixa investment grade e fundos de renda variável deu lugar a modelos mais granulares, em que se busca combinar liquidez tática com retornos sustentáveis no longo prazo”, explicou Víctor Silva, managing director da LifeInvest Wealth Management, no III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026.
Os veículos domiciliados em Luxemburgo e na Irlanda mantêm sua popularidade por seu marco regulatório sólido e versatilidade, especialmente ao oferecer produtos com liquidez semanal ou mensal.
No entanto, o apetite por estratégias menos líquidas cresceu de forma notável entre os investidores de alto patrimônio, que buscam exposição a fontes alternativas de rendimento em um ambiente desafiador.
O auge dos investimentos alternativos: uma nova espinha dorsal
Uma das tendências mais sólidas do momento é a expansão dos investimentos alternativos como componente estrutural dos portfólios offshore.
O que antes era um complemento, hoje é uma peça central para alcançar diversificação real e acesso a economias não listadas.
“No crédito privado, vemos forte interesse por estratégias que capturam prêmios de risco atraentes. Fundos de direct lending, asset-backed lending, financiamento imobiliário e estruturas híbridas permitem obter yields de 8% a 12% ao ano – conforme o perfil de risco –, com exposição limitada à volatilidade de mercado”, relatou Silva.
Esse tipo de crédito consolidou-se como uma fonte de renda passiva estável, especialmente em setores como infraestrutura ou consumo, onde pactos contratuais robustos e garantias reais oferecem proteção adicional.
Paralelamente, o private equity ganhou tração como ferramenta de crescimento patrimonial de longo prazo. Os investidores offshore valorizam a possibilidade de participar de empresas privadas em expansão ou em processos de turnaround.
Seja por meio de fundos fechados, coinvestimentos diretos ou plataformas especializadas, a expectativa de retorno (IRR) pode superar os 20% históricos, justificada pelo prêmio de iliquidez e pela natureza estratégica desses investimentos.
Uma área de interesse crescente é o capital privado vinculado à inteligência artificial. O avanço da IA generativa impulsionou oportunidades em setores como saúde, comércio eletrônico e automação industrial, atraindo investidores que buscam retornos exponenciais em troca de aceitar os riscos inerentes à inovação tecnológica.
No conjunto, os investimentos alternativos representam entre 20% e 30% das carteiras mais avançadas, alinhando-se a objetivos pessoais como sustentabilidade, impacto social ou legado familiar.
Desafios e oportunidades: regulação, educação e arquitetura aberta
O crescimento do US Offshore não está isento de desafios. O cumprimento de regulações internacionais (FATCA, CRS, KYC/AML) exige adaptação constante, reforçando a transparência como valor essencial para assessores e investidores.
“Além disso, persiste uma lacuna de conhecimento em torno de veículos complexos e estratégias alternativas. Aqui, o assessor independente desempenha um papel crítico, desmistificando estruturas, prazos de liquidez, riscos e custos, e contribuindo para uma tomada de decisão mais informada e confiável”, destacou Silva no III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026.
A chave está na arquitetura aberta: integrar soluções de múltiplos gestores, custodiante e jurisdições permite construir portfólios mais resilientes e personalizados, combinando liquidez diária com alternativas ilíquidas para otimizar a relação risco-retorno.
“Na LifeInvest, visualizamos o ecossistema US Offshore como um hub fundamental para a gestão patrimonial global. Seu marco jurídico confiável, diversidade de veículos e capacidade de inovação o posicionam como destino privilegiado para investidores de alta renda que buscam soluções avançadas, eficientes e sustentáveis”, afirmou Silva.
Lembre-se de que, se desejar aprofundar-se na indústria de gestão de ativos em nível global, você pode baixar o III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, elaborado pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society.


