- Neste artigo, são reveladas algumas das principais conclusões do III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, elaborado pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society, sobre a titularização de ativos.
- As informações são direcionadas a gestores de ativos, assessores, executivos financeiros e investidores que desejam conhecer em detalhe como se encontra o panorama da securitização de ativos.
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No contexto das finanças modernas, a busca por mecanismos que permitam transformar ativos ilíquidos em instrumentos com maior mobilidade e acesso ao mercado deu origem a ferramentas como a securitização de ativos, uma prática cada vez mais difundida em mercados desenvolvidos e emergentes.
No seu III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, a FlexFunds, em colaboração com a Funds Society, entrevistou mais de 100 empresas de investimento em 19 países. Dessa forma, foi possível compilar estatísticas sólidas sobre a indústria da securitização de ativos.
O futuro da securitização, mais promissor do que nunca
Em primeiro lugar, destacou-se que, apesar dos desafios regulatórios, as perspectivas da securitização são extremamente positivas e promissoras.
Em concreto, a pesquisa apresenta uma avaliação favorável, com média de 7,5 pontos, mediana e moda em 8,0 e um desvio de 1,6, refletindo consenso entre os gestores.
Enquanto isso, surpreendentes 80% atribuíram pontuações altas (57% na faixa 7–8 e 23% em 9–10), enquanto apenas 3% foram menos otimistas e nenhum participante avaliou nos intervalos mais baixos.
O otimismo apoia-se na capacidade da securitização de canalizar recursos para diferentes setores econômicos, melhorar a liquidez e diversificar riscos ao transformar ativos ilíquidos em instrumentos negociáveis.
Fatores como a necessidade de acesso a financiamento em mercados complexos e a busca por eficiência no uso do capital reforçam esse interesse.
A complexidade continua sendo um obstáculo
Infelizmente, a crescente sofisticação dos produtos de finanças estruturadas dificultou sua adoção em diversos mercados, especialmente fora dos Estados Unidos.
Segundo o III Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2025-2026, instrumentos como ABS (Asset-Backed Securities), CLO (Collateralized Loan Obligations) e SRT (Significant Risk Transfers) possuem uma arquitetura altamente complexa, o que limita sua adoção a investidores especializados e com infraestrutura avançada.
Na Europa, apesar do marco STS (Simple, Transparent and Standardised), a forte carga regulatória reduziu a competitividade: em 2024 foram emitidos apenas EUR 245 milhões, contra mais de USD 1 trilhão nos EUA.
Além disso, as seguradoras europeias destinam apenas 1% de suas carteiras a esses ativos, contra 17% de suas pares norte-americanas.
Embora surjam oportunidades em ativos não tradicionais — como royalties musicais ou receitas de data centers —, a falta de harmonização internacional e os desafios de avaliação persistem como entraves à sua expansão.
A pesquisa reflete essa preocupação: os gestores atribuem uma média de 7,2 pontos com um desvio de 2,1, indicando diversidade de opiniões. 65% consideram a complexidade um problema importante, enquanto apenas 2% a veem como irrelevante.
Securitização de ativos e diversificação
O relatório da FlexFunds e da Funds Society destaca que nem todos os ativos titularizados possuem o mesmo apelo para os investidores.
Fatores como a estrutura do instrumento, o tipo de ativo subjacente e as condições de mercado influenciam sua demanda.
Por exemplo, os ABS respaldados por empréstimos ao consumo ou leasing automotivo são altamente valorizados por sua liquidez, padronização e baixa inadimplência, o que os torna preferidos por fundos e seguradoras.
Em contraste, os MBS (Mortgage-Backed Securities) residenciais apresentam riscos ligados a taxas de juros e pré-pagamentos, enquanto CLO e SRT oferecem maiores retornos potenciais, mas exigem sofisticação analítica.
Por outro lado, os ativos “exóticos”, como royalties musicais ou receitas de data centers, despertam interesse em nichos alternativos, embora sua baixa liquidez e complexidade ainda os mantenham à margem do investidor institucional tradicional.
A pesquisa do relatório reflete uma clara inclinação para os ativos tradicionais na securitização futura: os imobiliários lideram com 47% das respostas na faixa mais alta (9–10) e 76% de interesse elevado, seguidos por empréstimos e contratos (62%), fundos de investimento (60%), títulos de dívida (57%) e ações (52%).
Esses resultados sugerem preferência por ativos tangíveis, com fluxos previsíveis e marcos regulatórios consolidados.
Em uma segunda categoria, os ativos emergentes mostram opiniões divididas. A infraestrutura e intangíveis obtêm 57% e 48% de interesse alto, respectivamente, enquanto os criptoativos alcançam 55%, embora com 13% de total desinteresse.
Os ESG, apesar da pressão global, recebem apenas 30% na faixa alta e 22% de rejeição, refletindo dúvidas sobre sua maturidade e riscos de greenwashing.
Por fim, as commodities e moedas exibem menor consenso, com menos de 45% de interesse alto e altos níveis de ceticismo, devido à sua volatilidade e baixa padronização.
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